sábado, 29 de março de 2014

Orgulho & Preconceito & Eu

Posso dizer com certeza que, até certo ponto da minha adolescência, detestava livros de literatura. Ler realmente não era pra mim. Eu via aquela estante da minha mãe cheia de livros e nem passava perto. Tive que ouvir o discurso algumas centenas de vezes:

Mãe (pela 385ª vez): "Poxa, como você não gosta de ler? Quando pequena, você tinha um livrinho de plástico pra ler no banho!"

Eu (falando junto): "...um livrinho de plástico pra ler no banho, eu sei. Um mistério."

Mas de uma coisa eu sempre gostei e todo mundo sempre soube: roupas do século XVIII. Gostava de desenhar vestidos daquela época e ficar imaginando os bailes... (suspiro)

Um dia, aos 15, uma capa de um dos livros chamou muito a minha atenção: duas moças sentadas do lado de um piano, usando vestidos daquela época e penteados característicos. Foi a capa que me fez abrir aquele livro, quase sem querer, e conhecer a melhor romancista de todos os tempos. E foi esse livro amarelado que me fez querer abrir outros livros da estante, e acabou se tornando o grande divisor de águas da minha vida.

PS: Nem preciso dizer que minha mãe me deu o livro soltando fogos, né?

INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO:

Essa é uma edição da Penguin Readers, de 1992 (quando eu tinha 2 aninhos), em inglês, com apenas 80 páginas. Não é o texto original pois é um livro para estudantes de inglês - assim como toda a coleção da Penguin Readers

Esse é um exemplar de nível 5 (Pós-Intermediário) - o que me fez ficar frustrada algumas vezes por não entender parágrafos inteiros e ter que reler mil vezes... Os níveis vão de 1 a 6, como vocês podem ver na contra-capa.

Uma coisa que vocês podem perceber na foto ao lado é que a história não começa com a famosa frase "It is a truth universally acknowledged..." ("É uma verdade universalmente conhecida..."), justamente porque a versão é bem resumida e simplificada.

Também dá pra perceber alguumas palavras em negrito. Isso é pra explicar o vocabulário depois. O livro ainda conta com exercícios no fim e até tópicos para os alunos escreverem redações em inglês, como por exemplo:

- "Imagine que você é Lydia. Escreva uma carta para suas irmãs explicando porque você fugiu com Wickham." (já pensaram que máximo seria fazer um exercício assim no cursinho de inglês?)

E pra completar, as ilustrações são lindas! Olha só:

Pra quem está querendo começar a ler em inglês, aí vai uma sugestão...

No site da Saraiva vocês encontram uma nova edição com a capa do filme de 2005, de nível 3 com 88 páginas, incluindo um áudio-CD (!!) por apenas R$ 33!

É pra correr e ler! Clique aqui pra ver.

Então, qual é a sua história com Orgulho & Preconceito?

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lançamento da Adaptação de Northanger Abbey

Será lançado amanhã (26/03) o livro Northanger Abbey de Val McDermid, adaptação do romance de mesmo nome de Jane Austen. Segundo o The Jane Austen Centre, a adaptação é "obscura e ousada, com vampiros". Quem se interessar tem que correr, porque só serão disponibilizadas 30 cópias! Para comprar, acessem o site da loja online aqui.

Obs: Lembrando que o site cobra uma taxa de aproximadamente 10 libras para enviar pro Brasil.

CORRAM!

Anúncio oficial do The Jane Austen Centre :


sábado, 22 de março de 2014

1 ano de tattoo, 1 década de amor

Fazer uma tatuagem nunca esteve nos meus planos, mas o amor por Jane Austen é tanto que eu precisava de uma válvula de escape. Pessoas fazem tatuagens o tempo todo, mas acreditem: pra uma pessoa altamente medrosa como eu, isso sempre esteve fora de cogitação. Então, num belo dia de abril, exalando coragem, fui eu a um studio...


Eu: "Você pode, por favor, fazer só um furinho pra eu ver se aguento a dor?"
Tatuador: "(?)"

Após 5 minutos de alegria (porque não estava doendo!), estava consumado. Fiquei ali olhando admirada pro meu braço... era incrível! Tão bonito e tão... eterno. Minha mãe deve ter tido uns cinco princípios de infarto nesse dia. 

As reações são as mais diversas:

Pessoa fictícia #1: "Que lindo!" 
Pessoa fictícia #2: "Você é louca!"

Mas as situações mais engraçadas são - (Pessoa fictícia #3: "O que quer dizer?") - quando não sabem quem Jane é.  Principalmente os aluninhos chiquititos que, de vez em quando...

Aluninho: "Teacher, quem é?"
Eu: "É a minha escritora predileta."
Aluninho: "Você já encontrou com ela?"
Eu: "Não, ela já morreu há quase 200 anos..."
Aluninho: "E VOCÊ AINDA GOSTA DELA??"

A verdade é que eu não me canso de explicar quem ela foi, quem ela é e o que ela representa pra mim. Pelo contrário: é maravilhoso saber que a cada dia mais pessoas conhecem seu trabalho. 
Naquele dia de abril, eu saí do studio me sentindo completa porque, desde aquele momento, quando as pessoas me veem... veem também Jane Austen.